Estar perto de um objetivo e falhá-lo é algo que custa a aceitar. O Alvorada de Ervidel esteve perto de ganhar o jogo da 6ª jornada da 2ª divisão distrital ao Barrancos, empatou-o e sente que o perdeu.
Acaba com o sobrolho franzido, a face rígida, invadido por sentimentos de cólera. Teve tudo encaminhado, andou perto do sucesso, produziu futebol para isso, mas fica só com um ponto e uma sensação terrível de que é demasiado pouco. O Barrancos sorriu, porque esteve em dificuldades, viveu com elas, nunca desistiu e foi premiado. Um empate, a equipa da casa deixou o último lugar (agora do Negrilhos) e o Alvorada baixou do 7º para o 8º posto classificativo.
Numa partida que até não começou da melhor forma para os homens de José Mestre, com um futebol confuso e pouca clarividência atacante, os quais tiveram no entanto o mérito de corrigir o que estava mal, e aos 25 minutos quando inauguraram o marcador já se encontravam por cima do adversário. Luís Ferro (na foto em baixo) aproveitou uma confusão dentro da área de grande penalidade adversária e num remate cruzado bateu o guardião do Barrancos pela primeira vez.
A equipa da raia apenas criou perigo aos 44 minutos, altura em que o Alvorada se viu bafejado pela sorte, pois no mesmo lance viu a bola embater na barra e depois no poste da baliza de Hugo Patrício.
Na segunda parte o jogo continuou numa toada moderada e disputado muito a meio campo, com raras ocasiões de golo de parte a parte, isto até aos últimos dez minutos de jogo.
Aos 85 minutos e após cruzamento da direita do seu ataque surgiu sozinho (como é possivel ?? ) ao segundo poste um atacante do Barrancos e sem dificuldade encostou o pé e restabeleceu a igualdade no marcador.
O Alvorada sentiu-se quase ofendido, partiu para o ataque, reagiu em força e voltou para a frente, num remate de Toi Calado (na foto em cima) aos 92 minutos de fora da área, sem contemplações e os homens de Ervidel estavam de novo na frente do marcador, e ... faltavam apenas 2/3 minutos para o final.
Mas... a história final da partida não chegou ao fim e aos 94 minutos num incompreensível buraco defensivo do Alvorada, cruzamento da esquerda, avançado solto ao segundo poste (acampado e em fora de jogo) fez o resto: remate colocado, bola forte, empate conseguido em cima do final.
Nota ainda para o árbitro assistente Luís Ralha que já com o jogo terminado e num inexplicável excesso de zelo, aconselhou o árbitro Ricardo Diogo a exibir o cartão vermelho ao guarda redes do Alvorada por protestos... enfim são tantas as injustiças e dualidade de critérios que nos vamos habituando... mas como diz o povo «quem não se sente não é filho de boa gente» e os homens e mulheres de Ervidel são-no concerteza.
Ficha do jogo:
Estádio: Municipal de Barrancos, em Barrancos
Terreno de jogo: Relvado sintético, em boas condições.
Árbitro: Ricardo Diogo
Assistentes: Filipe Aurélio e Luís Ralha
Alvorada: Hugo Patrício, Bruno Bernardino, Hélder Lebreiro, Carlos Bruno, Miguel Catarino (João Paulo 45´), Chico Fragoso (Mauro Frade 60´), Márcio Cortes, Paulo Chaveiro (C) (Toi Calado 55´), Luís Ferro, Luís Paulo e Cláudio Correia.
Suplentes não utilizados: Micael Bagulho, Fábio Bailote e Mauro Gonçalves.
Treinador: José Mestre
Cartões Amarelos: Bernardino, Hélder, Chico, Márcio, Chaveiro, Cláudio e João Paulo.
Cartões Vermelhos: Hugo Patrício, após o terminus do jogo, por protestos.
Golos: Luís Ferro e Toi Calado
