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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Glórias do passado - Hilton Targino

Hilton Targino da Silva, nasceu no dia 23 de setembro de 1948, na cidade de João Pessoa, no Brasil e chegou a Portugal no ano de 1971, proveniente do colosso brasileiro Botafogo, para representar o Portimonense SC, onde atuou cinco épocas.

Durante as décadas de 70 e 80 representou outros clubes como o Lusitano de Évora, o Moura AC e o Desportivo de Beja, para terminar a carreira na época de 1988/89 no Alvorada Futebol Clube de Ervidel.

Numa recente reportagem o «Diário do Alentejo» entrevistou Hilton:
 "... Após três épocas em Moura, voltou a Beja para jogar mais um ano, antes de, já quarentão, terminar a carreira no Alvorada de Ervidel: “Sim, foi por causa do Ildo, que era o treinador… joguei lá dois meses para o ajudar, eu era a arma secreta”.

domingo, 25 de março de 2018

São Domingos - Alvorada (Flash Interview) | Berna


Devido ao forte vento que se sentia aquando da entrevista, o som não é o melhor.
Pelo que o Alvorada pede as mais sinceras desculpas aos intervenientes, 
bem como aos adeptos e simpatizantes do nosso clube.

quarta-feira, 7 de março de 2018

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Entrevista a Rafael Nogueira

Alvorada FC - Bom dia Rafael
Rafael Nogueira - Bom dia

AFC – Deste os primeiros pontapés na bola no Operário Futebol Clube, que recordações guardas dessa época?
RN - Guardo boas recordações, nesse tempo não existia qualquer tipo de pressão em ganhar e onde tudo parecia ser bonito no futebol.
Foi o meu primeiro ano de aprendizagem, onde aprendi alguns aspetos do jogo e aprendi o que é gostar de jogar futebol.

AFC – Nessa altura quem era o teu ídolo, no mundo do futebol?
RN - Ronaldinho Gaucho, para mim o melhor jogador de sempre que vi jogar, grande classe.

AFC – Lembras-te da tua estreia nos seniores?
RN - Lembro claro isso nunca se esquece, em Vila Real de Santo António. Num Vila Real 0 vs Mineiro 5.

AFC – E o treinador que te lançou, recordas-te?
RN - Sim, o mister Vitor Rodrigues com o qual tive o prazer de aprender muito.

AFC – Falemos de futebol atual. Qual é o clube do teu coração?
RN - O Mineiro Aljustrelense, o clube da minha terra.

AFC – Na tua opinião há o jogador de futebol perfeito?
RN - Acho que não existe jogador perfeito, o que mais se aproxima é o Cristiano Ronaldo por ser o jogador mais completo, na minha opinião.

AFC – Quais as caraterísticas e qualidades que definem esse jogador?
RN - É muito forte técnica, física e mentalmente, que hoje são das coisas mais importantes no futebol. É também um jogador que quando a equipa mais precisa ele aparece.


AFC – Que conselhos davas a um miúdo que esteja a começar a sua carreira futebolística?
RN - Isso é uma boa questão. Uma das coisas que lhe dizia era para aprender a gostar de futebol e ter prazer quando o esta a fazer. Dizia-lhe também para nunca desistir e trabalhar no máximo, para correr atrás dos seus sonhos pois nunca se sabe quando pode aparecer uma boa oportunidade.

AFC – Esta é a segunda passagem pelo Alvorada de Ervidel. Uma pergunta que muita gente está a fazer é… porquê Ervidel e porquê o Alvorada?
RN - Por vários factores, em primeiro pela maneira como fui recebido e acarinhado pelas pessoas que estiveram no clube ao longo dos 2 anos que o representei. Em segundo pelo presidente do clube, Vitorino Cavaco com o qual tenho uma relação de grande amizade e respeito, e foi ele quem fez com que voltasse para o clube. Em terceiro pelo projeto que a direção está a fazer para o clube, pelo qual sou mais um para ajudar. Por ultimo pelo amor que tenho por este clube.

AFC – O mister Celso Ramos é o «homem do leme». O que conheces do mesmo?
RN - Nao conheço muito do Mister Celso, sei que já subiu equipas nesta divisão, a  distrital, que já teve passagens pela primeira divisão distrital, e também falei poucas vezes com ele, mas se veio para o clube é porque tem qualidade e a direção acha que é o homem certo para levar o clube o mais longe possível.


AFC – Como é normal, os objetivos desportivos serão fixados pela direção e pelo treinador, no entanto o que esperas para a próxima época?
RN - Em relação à equipa espero que seja competitiva, lutadora, com espírito de sacrifício e humildade. Quanto aos objetivos em si, espero que consigamos alcançar o maior numero de vitórias possíveis bem como dignificar as cores do clube. Em termos de classificação é ir passo a passo, sem nunca tirar os pés do chão, para que no fim possamos ser felizes.

AFC – Que achas dos jogadores já apresentados pela direção do clube?
RN - Essas situações cabe à direção analisar, pois se os contrataram é porque confiam neles. Dos que conheço acho que têm qualidade e o querer para ajudar o clube.

AFC – Como é jogar no pelado do Campo da Baiôa, com a camisola 10 e a braçadeira de capitão?
RN - É fácil, quando te sentes em casa as coisas correm de maneira diferente e sem pressão, com o total respeito pelas outras equipas por onde joguei. E é uma alegria enorme por mais palavras que diga não consigo explicar o sentimento e o orgulho que é poder representar o clube.

AFC – Era importante um relvado sintético?
RN - Sim era muito importante, hoje em dia quase todos os clubes já têm um sintético, mas nestes clubes com menos possibilidades como o Alvorada se não tiverem a ajuda da Câmara Municipal de Aljustrel é quase impossível, pois não há condições financeiras para um relvado sintético.

AFC – Em relação ao equipamento para 2017/2018. Vermelho, riscas verticais amarelas e vermelhas ou xadrez?
RN - Na minha opinião era xadrez. 

AFC – Nike, Macron ou outra marca?
RN - O que importa não é a marca mas sim o símbolo, pois é esse que vamos ter que respeitar e honrar em cada jogo.

AFC – Uma última palavra para os adeptos e simpatizantes do Alvorada de Ervidel.

RN - Aos adeptos e simpatizantes do Alvorada não posso prometer nada além de trabalho, muito esforço, dedicação e o orgulho que temos em representar esta camisola.
Peço que sábado a sábado estejam presentes para apoiar a equipa nos bons e maus momentos porque
todos juntos somos mais fortes.






sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Um tributo muito justo

O Alvorada Futebol Clube celebra, na próxima segunda-feira, o 36.º aniversário da sua fundação e inseriu no menu das comemorações a realização do X Torneio de Futebol de 11 “Alberto Chaiça”. 



Uma competição que homenageia justamente um grande atleta nascido em Ervidel, como nos confirmou o presidente do clube, Vitorino Cavaco.

“O Alberto Chaiça foi um grande nome do atletismo nacional, não se destacou no futebol, mas é de toda a justiça que o clube o homenageie também, através deste torneio com o seu nome. É uma figura desta terra, é um grande campeão, merece inteiramente este tributo pela carreira tão prestigiante que conseguiu, quer individualmente, quer com a camisola da seleção nacional”.

O Alvorada tem uma história recente, de quase quatro décadas, mas o ideal seria que se projetasse à semelhança do grande maratonista de Ervidel, concordou o dirigente. “É para isso que os dirigentes do clube têm trabalhado ao longo de todos estes anos, para valorizar o clube, para projetar o nome da terra e proporcionar aos seus atletas a prática desportiva”. No entanto, acentuou: “A evolução é sempre muito difícil, até por razões geográficas, estamos no interior, as coisas no Alentejo são mais difíceis, até ao nível da qualidade das infraestruturas, do recrutamento de atletas, estamos numa região do País que tem sido um bocado esquecida, mas gostaríamos de elevar o Alvorada ao nível a que o Alberto Chaiça chegou, tendo a consciência de que será muito difícil”.

Outro objetivo do torneio foi a preparação da próxima época desportiva, onde o clube tem metas já definidas. “Gostaríamos de repetir tudo aquilo que conseguimos na época anterior em que nos apurámos para a 2.ª fase do campeonato, embora não tenhamos conseguido a subida mas estivemos muito perto, depois de uma 1.ª fase muito positiva, a fase final não nos correu tão bem, tivemos muitas ausências de jogadores em determinados jogos, mas o que pretendemos é repetir uma prestação semelhante”, sublinhou Vitorino Cavaco. Contudo, já esta época o clube foi convidado pela AFBeja a preencher a vaga existente no campeonato da 1.ª Divisão.“O Alvorada declinou esse convite porque ele chegou muito em cima da hora, pediram-nos uma decisão em dois ou três dias e o plantel ainda não estava formado. Temos alguns jogadores que estudam fora da nossa zona e nem sempre podem treinar e, para disputarmos uma primeira divisão seria complicado porque a competitividade é muito mais exigente”, justificou.

Paulo Capela continua a ser o treinador da equipa, que teve quatro ou cinco baixas de jogadores que no ano passado eram titulares, por isso, o plantel está em fase de reestruturação, mas o dirigente referiu: “O campo pelado não é apelativo para os atletas, esse é um dos problemas que temos, contudo, não é fácil colocar aqui um piso sintético, uma vez que isso acarreta um investimento elevado, só o município de Aljustrel é que nos poderá ajudar, acredito que um dia o façam, sei que essa vontade existe, mas as coisas não estão fáceis”.

Vitorino Cavaco lembrou que o Alvorada, no passado, já competiu na 1.ª Divisão com grandes equipas. “Eu era miúdo e lembro-me de grandes jogadores que por aqui passaram, um dia mais tarde pensaremos em subir de divisão. O município e a junta de freguesia apoiam-nos muito, em termos financeiros e logísticos e com mais uns eventos que possamos fazer, o dinheiro vai chegando para as despesas”.

O Torneio do Alvorada reuniu mais duas equipas do concelho, Negrilhos e Messejanense, a quem se juntou o Amarelejense, pelo facto de existirem laços de amizade com os dirigentes do clube.
A final foi disputada entre o vizinho de Montes Velhos e a formação vinda de Messejana, e decidida nas grandes penalidades a favor do Messejanense. 

Resultados: Alvorada-Negrilhos, 1-3; Messejanense-Amarelejense, 1-1 (4-2 gp); Alvorada-Amarelejense, 2-2 (4-2); Negrilhos--Messejanense, 0-0 (2-4). Melhor Jogador: Rafael Nogueira (Alvorada): Melhor marcador: José Miguel (Alvorada); Melhor guarda redes: André (Negrilhos); Prémio fair play: Alvorada


Foto: Alvorada Futebol Clube de Ervidel
Texto de Firmino Paixão
In Diário do Alentejo
25/09/2015

quinta-feira, 12 de março de 2015

Grande entrevista com o presidente

Paulo Alexandre Camacho Chaveiro tem 33 anos, é radiologista, natural e residente em Ervidel e é há um ano o presidente da direção do Alvorada Futebol Clube de Ervidel.


Senhor presidente, é inevitável não começarmos esta entrevista a falarmos sobre a equipa de futebol sénior. Quais são os reais objetivos da equipa para a presente época?
Os objectivos no início da época, passavam por construir uma equipa de futebol, que pudesse respeitar e honrar toda a historia do Alvorada Futebol Clube de Ervidel. Como em ocasiões anteriores referi, resolvemos fazer regressar o clube ao 2º escalão do futebol distrital. Não menosprezando o campeonato da Inatel, mas achámos que o futebol distrital seria mais justo para o clube e para a própria localidade de Ervidel.
Ao longo da época, os nossos objectivos tem vindo a ser redefinidos, mediante os resultados da equipa, e a nossa ambição tem vindo a crescer, mas temos mantido os pés bem assentes no chão e sempre com as nossas limitações em mente. Nesta fase em que nos encontramos, tudo pode acontecer. Já vimos que temos condições para lutar de igual para igual com as restantes equipas, mas como é óbvio, respeitamos todos os adversários de igual forma. 

De alguma forma está surpreendido com o bom desempenho alcançado até ao momento?
Completamente… Fui o primeiro a dizer, que tinha receio de jogadores tão novos, irem disputar o campeonato da 2ª divisão (embora alguns já tivessem disputado campeonatos de escalões superiores), isto porque iriam encontrar jogadores com muita experiência no mundo do futebol. Temos jogadores muito novos, mas…  ao longo destes meses, esses mesmos jogadores tem demonstrado que estava redondamente errado na minha primeira análise. Não precisei muito para o constatar. Logo no início, mais propriamente no torneio de Monchique, a equipa deu uma demonstração do seu real valor. A partir daí, mudei de opinião e reconheci o quanto errado estava, e está a vista de todos, o valor destes jovens jogadores. São jogadores que na sua maioria não os conhecia, e ai tenho de dar os parabéns ao Mister Paulo Capela, pela escolha de muitos dos jogadores que convenceu a virem jogar para Ervidel.

Estava nas vossas cogitações a disputa da 2ª fase do campeonato?
Os nossos objectivos seriam sempre fazer um campeonato tranquilo, digno mas sempre com a ambição dos lugares cimeiros. Se este momento estava em nossa mente? De certa forma estaria, embora soubéssemos que seria muito difícil de alcançar. Mas felizmente, e com o esforço de todos, temos conseguido atingir os objectivos. Fica só um sabor amargo, se assim o pudermos apelidar, do jogo da taça distrital, em que sentimos que poderíamos ter seguido em frente.
Ninguém se iluda, que foi fácil, que foi um passeio durante a 1ª fase do campeonato. Muito pelo contrário. Defrontamos equipas com muito valor, umas mais jovens, outras com jogadores mais experientes, mas foi difícil chegarmos onde chegamos.

Nota-se que o plantel é muito jovem, será este grupo de atletas uma aposta para o futuro?
Sinceramente penso que sim. Estes jovens deveriam jogar juntos por muitos anos. Formam um grupo fortíssimo, muito unidos e nos momentos em que têm de dar uma resposta, lá estão eles, unidos e a remar todos no mesmo sentido. Embora muitos jovens, demonstram uma maturidade enorme. Este grupo, com mais uns ajustes, tem condições para deixar marca no futebol distrital.
Gostaria de deixar aqui, o meu reconhecimento e agradecimento, a todos os atletas que ainda constituem o plantel, e mesmo aqueles que já não fazem parte dele, por todo o esforço e dedicação que têm dado ao clube e honrado o bom nome do Alvorada Futebol Clube. Muito obrigado a todos…

Sendo a maioria dos jogadores oriundos de Aljustrel não teme que alguns regressem ao Mineiro Aljustrelense na próxima época, caso esta equipa volte aos campeonatos distritais?
Não posso mentir e dizer, que não se tenha receio desse cenário, se vier a tornar uma realidade. Mas, primeiro que tudo, espero que o Mineiro Aljustrelense se mantenha no escalão em que está inserido e se possível para a próxima época dar o salto para uma divisão superior. Quer se queira, quer não, o Mineiro Aljustrelense, neste momento é o clube com maior progressão a nível distrital, e com um historial muito rico a nível de conquistas, e qualquer jogador quer o melhor para si. Neste momento é o melhor clube a nível distrital.
O Alvorada Futebol Clube de Ervidel, por seu turno, tem como base a humildade e o querer, como sempre teve, de ambicionar um futuro melhor, dar aos seus atletas as melhores condições possíveis e principalmente que se sintam bem em Ervidel. A evolução faz parte do ser humano e nós, como é óbvio gostaríamos de ver o Alvorada crescer e tornar-se um clube de referência, mas há um longo caminho a percorrer. Não são situações que acontecem de um dia para o outro. É preciso trabalhar muito e é preciso ajuda de muitas pessoas para isso acontecer. 

Em relação ao trabalho do técnico Paulo Capela, como o avalia? Já falou com ele com vista à renovação do contrato para o próximo ano?
O técnico Paulo Capela, como pessoa e como treinador era uma pessoa totalmente desconhecida para mim, embora já o conhecesse como jogador de futebol. Quando joguei no Mineiro Aljustrelense já ouvia falar nele, assim como de outros nomes, nomeadamente o João Paulo, o Nico, o Manelito (de Ervidel), o Barroso (que tantas saudades deixa), etc.. foram daqueles jogadores que serviram de referência aos mais novos.
É importante referir um ponto, que não deve passar ao lado, na escolha do mister Paulo Capela para orientar a equipa do Alvorada Futebol Clube: o Sr. Vitorino Cavaco. Foi ele que sondou o mister, que com ele delineou a estrutura do futebol sénior para a presente época. Esta escolha deve-se a ele, assim como parte do êxito que temos tido este ano. Certo é, que este é um ponto entre vários, no momento de análise a este êxito, mas acho que o crédito tem de ser dado a quem de direito.
Relativamente ao seu percurso como treinador, é um percurso recente mas já com vários marcos importantes e de destaque. Este ano, será certamente mais um no seu percurso. Como treinador, é um treinador exigente, directo, ambicioso e com conhecimento de futebol, certamente fruto de todos os anos que teve como jogador a nível profissional. Tanto ele, como todos nós, vivemos e crescemos numa aprendizagem continua e ele certamente irá crescer como treinador e irá tornar-se melhor com o passar dos anos. Mas é inegável o bom trabalho que tem desenvolvido este ano.
Relativamente ao próximo ano, ainda nada foi falado. Não é o momento certo para tal, mas como sempre digo, o que esta bem é para manter, e a escolha dele como treinador parece-me a mais acertada, por uma questão de continuidade. Mas para isso, ambas as partes terão de estar acordo, mas será um tema para falar mais tarde.


O clube tem condições logísticas e financeiras para suportar uma equipa a competir na 1ª divisão distrital? 
Em termos logísticos, o clube teria de adquirir muitas coisas, que neste momento não tem condições para tal, nomeadamente: transportes, as infraestruturas no complexo desportivo teriam de ser melhoradas a todos os níveis (balneários, o campo de futebol e a sua envolvência, etc…).
Em termos financeiros, penso que dificilmente será possível. Uma subida de divisão implicaria um suporte financeiro muito avultado, e penso que o clube neste momento não tem condições para tal. Se tal cenário se vier a verificar, teríamos de nos sentar e pensar muito bem na decisão a tomar. Ver até onde podemos ir neste contexto.
Outro ponto importante, são as pessoas que estão com o clube, aquelas que nos ajudam no dia-a-dia. São precisas muitas mais. Existe muito trabalho que tem de ser feito, ao longo da semana, não se resume apenas ao dia de jogo. 

Tendo o Campo da Baiôa um piso de terra batida, será um entrave à entrada de novos jogadores e como tal dar esse salto competitivo para a 1ª divisão?
Certamente que termos um campo de terra batida, será um entrave à entrada de novos jogadores. Partimos em desvantagem neste ponto, comparativamente a outros clubes. Se tivéssemos um relvado sintético, se tivéssemos melhores infraestruturas, certamente mais jogadores quereriam vir para Ervidel, mas destes problemas mais clubes se devem queixar, não somos só nós. Mas mesmo sem tudo isto, tentamos dentro das nossas limitações, dar o que podemos aos atletas para que se sintam bem e que nada lhes falte, para eles puderem desempenhar o seu papel da melhor forma.

Para quando um relvado sintético em Ervidel? Há algum compromisso por parte da Câmara Municipal de Aljustrel?
Para quando um campo sintético em Ervidel? Sinceramente não sei. Lembro-me de há uns tempos no blog do clube, no dia 1 de Abril, terem colocado uma foto-montagem do nosso campo com relvado sintético, mas mesmo sendo mentira, deixou-me encantado com tal cenário. Seria muito bom para todos nós que tal fosse possível. Seria um investimento muito avultado, e sem parcerias penso não ser possível. Mas sinceramente há coisas mais importante neste momento para serem resolvidas.
Por parte da Câmara Municipal de Aljustrel, não há qualquer compromisso para colocar relvado sintético no campo da Baiôa. Seria bom a câmara ter condições para equipar os campos de futebol do concelho com relvados sintéticos, mas penso que não é possível. À semelhança dos clubes e do País, a Câmara Municipal certamente terá muitos problemas por resolver. Penso que este tema não seja prioridade da Câmara Municipal, embora o diga que recebemos muitas ajudas por parte desta entidade.

Quando gasta o Alvorada numa época desportiva, sabendo que tem os planteis séniores, benjamins e traquinas, além da seção de cicloturismo?
Muito mesmo. Inscrição de equipas nos respectivos campeonatos, as inspecções aos atletas, os gastos diários, o transporte dos atletas, torneios, as exigências por parte da Associação de Futebol de Beja, enfim… são muitos os gastos que o Alvorada tem, para manter todos estes planteis a jogarem futebol. Até posso dizer, que possivelmente somos dos poucos clubes que por enquanto, suporta todos os gastos obrigatórios para a prática do futebol em todos estes escalões.
Quanto a secção de cicloturismo, é uma secção que tem actividade mais reduzida mas também acarreta gastos, também necessita de materiais necessários para o desenvolvimento das suas actividades. Mas há semelhança do futebol, é algo que também necessita de muitas pessoas para a realização das suas actividades. É uma secção que necessita de ser desenvolvida e apostar nela.
Como podemos constactar, a união de muitas pessoas é a base dum clube.

De onde vem esse dinheiro?
Todo este dinheiro vem dos subsídios que a Câmara Municipal de Aljustrel atribui aos clubes, mediante as actividades que estes têm, da contribuição que a Junta de Freguesia de Ervidel também nos dá consoante as suas possibilidades, de eventos que o próprio clube realiza e participa, e também de entidades privadas que generosamente, dos poucos recursos que podem disponibilizar, nos ajudam com as publicidades no início da época. Mas as exigências são muitas e ainda para mais quando se trata de clubes de dimensões reduzidas, todas estas ajudas são fundamentais. É difícil crescer de forma sustentada. Somos obrigados a ter muitos apoios.

A aposta no futebol jovem é para manter?
Sim, o futebol jovem é para manter. Embora cada vez, seja mais difícil ter jovens para construir as equipas. Em termos logísticos, exige muito de todas as pessoas que estão inseridas nos clubes. Os clubes de futebol devem sustentar o seu futuro, no futebol jovem. Fazê-los crescer, ensinar valores, que lhes podem servir para toda a sua vida. Ensina-los a se esforçar para atingirem os seus objectivos e faze-los ver que sem esforço nada se consegue. E claro, fazer com que eles cresçam de forma saudável e felizes. Esperamos desta forma contribuir para o crescimento de homens com valores, princípios e dar o nosso contributo a sociedade. Mas sim, se tivermos possibilidade, gostaríamos de manter o futebol jovem.

Quando a formação passar à equipa de infantis, isto é futebol de 11, há jogadores em Ervidel para alimentarem essa equipa?
Será muito muito difícil. Se para termos equipas de 7 e de 5 jogadores, se torna difícil, equipas de 11 jogadores, ainda vai se mais difícil. Como sempre, teremos de recorrer às localidades vizinhas para termos equipas.

Aos 33 anos acumula as funções de presidente da direção com as de jogador. Espera jogar muitos mais anos?
Não, não espero jogar muito mais tempo. Possivelmente, este será o meu último ano a jogar futebol. Já joguei o que tinha a jogar e penso que não tenho mais nada a acrescentar dentro de campo. Penso que serei mais útil fora dele. Gostaria de continuar, porque gosto de jogar futebol mas, infelizmente vejo que não tenho condições para continuar a este nível (isto é, se algum dia tive). É assim, como tudo na vida tem um fim, penso que o meu no futebol chegou. Terei de olhar para os Veteranos de outra forma (risos).

Como é trabalhar em prol do Alvorada de Ervidel?
É algo que me dá gosto e prazer. É o clube da minha terra, é o meu clube. Trabalho para ele de forma gratuita. Penso que seja a única forma de fazer crescer o clube, trabalhar de forma gratuita. Por vezes torna-se difícil, falta pessoas para ajudar, falta termos condições logísticas para dar resposta as exigências, falta dinheiro… Temos ideias e sabemos o que temos de fazer para fazer crescer o clube mas falta condições.
Mas isso por momentos consegue-se esquecer, quando vemos a equipa sénior dar estas alegrias como tem dado, quando vemos o campo da Baiôa cheio de gente, quando vemos a equipa de benjamins e traquinas a jogar, a treinar, a nos darem alegrias e momentos de nostalgia, quando vemos pessoas a pedalar com o emblema do Alvorada ao peito, quando vemos dezenas de pessoas a se deslocarem a nossa localidade para participar nos eventos de cicloturismo… tudo isto, chega para ver que vale a pena trabalhar para o clube.

Uma última palavra para os sócios, deixe-lhe uma mensagem.
Já no passado o pedi e volto a pedir aos sócios: ajudem da forma que conseguirem, apoiem o clube, levantem a voz para o que achem não estar bem, dêem a vossas ideias, façam o clube crescer, mas não fiquem no silêncio. O clube está acima de tudo. 

AFC, AFC, AFC… UNIDOS

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Entrevista a Vitorino Cavaco, vice-presidente do Alvorada de Ervidel


Após mais de 25 anos como jogador, chegou a hora de arrumar as botas?
Sim penso que chegou a hora de arrumar as botas, pois a minha vida profissional não me permite dispor de tempo para trabalhar com a equipa durante a semana. O mister Zé falou comigo e segundo os objectivos dele, a minha condição neste momento não se encaixa nos seus planos de trabalho para esta temporada. Ao fim destes vinte e cinco anos também já é tempo de dar o lugar aos mais novos.

Como é conciliar a vida profissional e familiar com a actividade de vice-presidente do Alvorada?
Neste momento está a ser muito complicado conciliar porque a localidade onde exerço a minha actividade profissional dista de Ervidel cerca de 100 Kms, deslocando-me a casa só aos fins-de-semana e como é normal a família está em primeiro lugar embora muitas das vezes também saia prejudicada com o tempo despendido no Clube. Durante a semana estou em permanente ligação com a Direcção, o Mister e os Atletas, uma vez que me foi atribuída a função de director desportivo.

Falemos então do plantel do Alvorada de Ervidel para a época que agora começa.
É um plantel que dá garantias de sucesso?
Não tenho dúvida que é, uma vez que a maior parte do plantel permanece da época transacta o que lhes irá dar maior entrosamento e rendimento dentro de campo. Penso que os reforços irão ser uma mais valia para a equipa pois são atletas oriundos do futebol primo divisionário do nosso distrito o que trará a experiência necessária que tem faltado nos últimos anos à nossa equipa.

Para a direcção do clube o que é uma época de sucesso?
Uma época de sucesso é conseguirmos construir uma equipa homogénea que consiga ganhar jogo a jogo, e sempre com os primeiros lugares no horizonte.

O Alvorada joga na 2ª Divisão há 10 anos, sem nunca ter alcançado a 2ª fase do campeonato, o que tem falhado?
Bem penso que o que tem falhado tem sido mesmo os golos! (Risos)

Tem sido difícil recrutar jogadores fora de Ervidel? O que o clube lhes oferece?
Sim tem sido muito difícil, por um lado porque geograficamente estamos localizados numa zona onde existem várias equipas o que faz com que os atletas se dividam, por outro lado porque o nosso campo é pelado e os atletas preferem campos relvados o que torna a prática do futebol mais apetecível.
Principalmente o que o clube oferece aos seus atletas é a oportunidade de jogarem futebol num grupo de amigos.

Se eu fosse um ponta de lança que fizesse 25 golos por época, como me convenceria a vir jogar para Ervidel?
Para o Alvorada os atletas estão todos no mesmo patamar. A forma de te convencer seria convidar-te a fazer parte de um grupo de amigos em que de certeza te irias divertir tanto dentro como fora das quatro linhas.

Como vê o figurino do campeonato distrital da 2ª divisão, agora com uma só série de 13 equipas?
Desportivamente o campeonato só a uma série torna-o mais competitivo, as equipas que tropeçarem nos primeiros jogos ainda têm hipóteses de recuperação na tabela classificativa, o que no antigo formato era mais difícil derivado ao reduzido número de jogos.
Financeiramente será de certeza menos vantajoso pois o campeonato será muito mais longo, o que fará aumentar as despesas do clube.

Comente a frase «mister José Mestre forever».
Forever não direi porque ninguém é insubstituível, mas no entanto, espero que o Mister Zé fique no Alvorada por muitos e bons anos, uma vez que está a elaborar um trabalho de grande qualidade no clube, espelhando assim o grande Homem que é, tanto como treinador mas também como pessoa.

Deixe uma mensagem aos sócios e simpatizantes do Alvorada. 
A minha mensagem vai no sentido de apoiarem a nossa equipa, a ajuda dos sócios simpatizantes e amigos é fundamental para nos tornarmos mais fortes e assim cumpriremos os nossos objectivos.