Alvorada de Ervidel merecia (pelo menos) o prolongamento

O galo, símbolo máximo do Alvorada, significa coragem e perseverança. O vermelho e o amarelo simbolizam a fortaleza, ousadia e nobreza.

Foi com este espírito de alma que os jogadores do Alvorada de Ervidel entraram no Estádio Municipal de Ferreira do Alentejo, para defrontarem a equipa local em jogo a contar para a 1ª eliminatória da taça distrito de Beja.

Uma derrota por 3-2 num jogo de muita luta e num campo muito difícil, o Alvorada foi infeliz e pelo que fez durante todo o jogo merecia jogar o prolongamento. Mas isso não aconteceu, por ter sofrido o terceiro golo aos 90 minutos, no entanto sai de Ferreira de cabeça levantada e de parabéns, pois os seus atletas foram inexcedíveis e pelo que jogaram dignificaram o nome do Alvorada Futebol Clube e a freguesia de Ervidel.

Começou melhor a equipa comandada por José Mestre, que logo no primeiro minuto viu o seu filho Luís isolar-se e já dentro da área rematar com perigo para boa defesa do guarda-redes adversário.

Respondeu o Sporting Ferreirense aos 25 minutos e logo para inaugurar o marcador, por Nuno Curto a corresponder de cabeça a um cruzamento de um seu colega.

Mas o Alvorada havia de responder à desvantagem no marcador e passados apenas dez minutos chegou ao empate por intermédio de Vítor Camacho que dentro da grande área e descaído para a direita rematou com acerto e fez balançar as redes contrárias pela primeira vez. Mas… como não há bela sem senão Vítor Camacho iria-se lesionar neste lance e como tal substituído por Cláudio Correia.

Passavam dois minutos sobre os 45 regulamentares da primeira parte quando o Ferreirense fez nova investida atacante e quase a papel químico do primeiro golo... outra vez Nuno Curto, outra vez de cabeça, estava feito o 2-1, resultado com que se atingiu o intervalo.

O Alvorada nunca se deu por vencido e voltou para a segunda parte pronto a alterar o rumo do marcador e iria ser compensado aos 70 minutos na conversão de um penalty, assinalado pelo árbitro André Baltasar, a castigar mão na bola de um defesa da equipa da casa. Toi Calado a onze metros da baliza remata sem apelo nem agravo e restabelece a igualdade a duas bolas, para espanto do público Ferreirense e delírio dos adeptos de Ervidel. Faltavam 20 minutos para o fim e havia Taça em Ferreira do Alentejo.

Quando o relógio do árbitro já marcava 90 minutos de jogo e o público presente no estádio pensava em mais 30 minutos extra de futebol eis que surge novamente o inevitável Nuno Curto que na cobrança de um livre direto frontal alcança o hat-trick e oferece de bandeja a vitória ao Sporting Ferreirense, que assim segue para a 2ª eliminatória, deixando pelo caminho a equipa de Ervidel.

O David não conseguiu tombar o Golias, também por interferência do árbitro André Baltasar que ainda com o resultado em 2-2 não viu (ou não quis ver) outra grande penalidade a favorecer o Alvorada de Ervidel, enfim… há que proteger os grandes.

P´ra semana regressa o nosso campeonato e espera-se que o Alvorada depois da vitória alcançada em Ourique na semana passada e do bom jogo realizado ontem frente a uma das melhores equipas da 1ª divisão, dê continuidade ao bom momento que atravessa e consiga levar de vencido o Bairro da Conceição, em acredito… e tu?

Ficha do jogo:

Estádio: Municipal de Ferreira do Alentejo

Terreno de jogo: Relavado sintético, em boas condições.

Árbitro: André Baltasar

Assistentes: César Leitão e António João Guerreiro

Alvorada: Hugo Patrício, Bernardino, Bruno Furão, Carlos Bruno, Hélder Lebreiro (C), Hugo Revez, Chico Fragoso (Márcio Cortes), Toi Calado, João ferraz (Paulo Chaveiro), Vítor Camacho (Cláudio Correia) e Luís Mestre.

Suplentes não utilizados: Micael, Miguel Catarino, Fábio Bailote e Alex.

Treinador: José Mestre 

Cartões amarelos: bernardino, Luís Mestre e Cláudio Correia.

Cartões vermelhos: não houve

Golos: Vitor Camacho e Toi Calado