Para refletir... e melhorar !!

Ao contrário do que acontece no futebol, no basquetebol, por exemplo, a contestação de uma decisão arbitral dá direito, no mínimo, a falta técnica (dois lances livres para o adversário), podendo o jogador ser até diretamente expulso. No râguebi, a falta é marcada dez metros à frente e o jogador pode também ser obrigado a abandonar o terreno de jogo. Mas mais do que as consequências, são os comportamentos que colocam o futebol noutra dimensão em termos disciplinares. Do voleibol ao andebol, passando pelo hóquei no gelo e até pelo futebol americano, as decisões do árbitro são soberanas e os jogadores perdem pouco ou nenhum tempo a discuti-las.

Não é admissível que o desporto mais popular à face da terra seja também o mais indisciplinado. Jogadores que são ídolos para muitas crianças não podem ter a liberdade de avaliar e contestar as decisões arbitrais, como se eles próprios pudessem decidir as regras do jogo.

Tal como os jogadores, os árbitros erram frequentemente. Isso é contudo independente do problema da indisciplina no futebol. Não é pelo erro que os jogadores muitas vezes contestam a falta. É simplesmente por esta ter sido assinalada contra a sua equipa e isso não é admissível.

A verdade é que os árbitros possuiriam até melhores condições para desenvolverem o seu trabalho se soubessem que a cada falta não iriam ter cinco ou seis jogadores a reclamar, a empurrar e a questionar as suas decisões. Os jogos teriam menos interrupções e o frequente ambiente de crispação que existe dentro dos estádios baixaria significativamente. No fundo, todos teríamos a ganhar com um pouco mais de disciplina no futebol.