Nem tudo é
um Viveiro, nem tudo é Mielina
Durante toda a vida, todo e
qualquer individuo tem que lidar com expressões comuns, as quais, em verdade
escondem a expectativa.
No mundo do futebol todos discutem
como atrair talentos ou reter talentos, mas mais misteriosa é a pergunta, se é
possível, ou não formar talento.
É um tema pertinente, pois todos os clubes de
futebol precisam para garantir a sua performance crescente, e isso só se faz
através de pessoas, de todas as pessoas. Para a atingir as pessoas têm “… a
percepção do que realmente deve ser feito e o senso de responsabilidade que
obriga à realização de uma obra cada vez melhor”. (Eugénio Mussak)
Existem pessoas que demonstram um
bom desempenho no futebol, porque em geral estão bem formadas, e porque têm
experiência. Outras, não têm bom desempenho, mas demonstram outra coisa:
vontade de aprender, persistência, trabalho e empenho.
Aqui inicia-se o nosso ponto de
partida a uma velha questão. Alguns clubes de futebol funcionam como um
viveiro, formam os seus atletas, dotam-nos de meios e ferramentas, para a crescente
realização de talento. Mas cometem um grande erro. Não usufruem, dos atletas
que formam e ajudam a criar, claramente um desperdício de recursos. Aqui fica
um ponto sarcástico que leva ao afastamento de alguns jogadores dos seus clubes
de berço, não querendo mais voltar.
Mas o talento é trabalhado, não se
nasce com ele, este é vindo do erro e da tentativa. Digamos que tente outra
vez, falhe outra vez, falhe melhor, assim se consegue aprimorar as técnicas e
em certas áreas chegar ao talento e à perfeição de técnicas. Mas há um
responsável por este assunto.
Chama-se mielina, é considerada o
novo cálice sagrado da neurociência no que respeita a atingir a excelência.
Esta não é um traço de carácter, com o qual nascemos, mas sim uma competência
que é construída, através das decisões que tomamos à medida que ultrapassamos
desafios e dificuldades.
“Sempre defendi que, exceptuando os
idiotas, os homens não diferem muito no intelecto, apenas no zelo e no trabalho
árduo” (Charles Darwin)
Só desta forma posso chegar à
conclusão que no meio das dificuldades, os clubes dotaram os seus agentes de
inúmeros talentos, clubes que nunca passaram grandes dificuldades, ficam mais
vulneráveis às adversidades e menos capacitados quando faltam os meios que
sempre tiveram.
Deixando muitas vezes ficar um sentimento de posse ao ser descartável.
Agosto 2017
Santiago Hanaori
“Fonte: Código do talento de Daniel
Coyle”
Texto escrito em exclusivo para o Alvorada Futebol Clube de Ervidel
Mais um do Sr. Santiago, e passar os seus ensinamentos aos clubes de futebol, a uns mais derectamente do que a outros.
ResponderEliminarPelo que me estou a aperceber muito ainda vai ser clarificado. 3 textos em 3 semanas, significa que vai ser semanal.
Finalmente alguém vai defender o nosso clube e ajudar também os outros clubes.
Muitos parabéns á direcção do Alvorada por esta iniciativa.
Em especial ao Sr. Santiago pelo trabalho que está a prestar a todos nós.
Ao que parece o Sr. Santiago ou levou um puxão de orelhas, ou foi demitido. Porque o texto desta semana ainda não apareceu.
ResponderEliminarComeçou com muita força, mas não se aguentou á bronca.
O texto desta semana irá aparecer.
EliminarO Alvorada de Ervidel não puxa as orelhas e/ou despede por opiniões dadas por seus colaboradores, somos e temos orgulho de ser um clube pluralista e democrático, onde as opiniões são respeitadas.