terça-feira, 23 de novembro de 2010

À cinco anos foi quase... e agora??

Estavamos em Fevereiro de 2005, quando o Alvorada de Ervidel se deslocou a Serpa, para defrontar a equipa local, ainda no pelado do Campo 25 de Abril, em jogo a contar para os quartos de final da Taça Distrito de Beja, onde viria ser eliminado ao perder po 1-0.

Depois de um grande jogo da nossa parte, esta foi a crónica publicada no «Diário do Alentejo» que a seguir se reproduz na integra.

«FC Serpa mais eficaz elimina afoito Alvorada (1-0)
Ousadia não foi premiada

Um pénalti convertido por Vargas logo ao minuto 12 garantiu a passagem do FC Serpa às meias-finais da Taça do Distrito de Beja, deixando pelo caminho um abnegado Alvorada de Ervidel.
O histórico FC Serpa garantiu a presença nas meias-finais da Taça do Distrito de Beja ao vencer o Alvorada, mas os de Ervidel estiveram bem próximos de conseguir nova proeza na prova, depois de na segunda eliminatória anterior terem conseguido afastar o ainda detentor do troféu, o Sp. Cuba.

Desta feita a surpresa não se verificou, mas o que é certo é que os jogadores do secundário Alvorada venderam bem cara a derrota e tudo fizeram, sobretudo no segundo tempo, para que a partida não se resolvesse logo no final dos 90 minutos regulamentares. Abnegados, lutadores e muito atrevidos, os pupilos de Zacarias Baião surgiram no Municipal 25 de Abril de Serpa imbuídos daquele que é o verdadeiro espírito da Taça, onde os pequenos fazem das fraquezas forças diante de conjuntos reconhecidamente mais valiosos, e por isso mesmo mereciam, no mínimo, o prolongamento.
Ainda assim, os de Ervidel entraram em campo algo nervosos na troca de bola e permitiram nesse período que João Piroleira e João Pedro assumissem o controlo no miolo do terreno em favor dos serpenses, o que permitiu uma ténue supremacia do FC Serpa no desenrolar do jogo.
O golo obtido por Vargas no primeiro quarto-de-hora de jogo – pénalti indiscutível cometido por João Paulo sobre o próprio Vargas – acentuou um pouco mais esse facto e até ao intervalo as mais soberanas ocasiões de perigo pertenceram sempre aos serpenses – Nuno Pires atirou ao poste (24), Vargas à figura de Reis (33). Do outro lado, e apesar da vontade, notavam-se dificuldades em chegar ao último terço do terreno e, quando tal sucedia, era nítida a ausência de clarividência no derradeiro passe.

Tudo se modificou após o intervalo. O Alvorada surgiu em campo transfigurado, mais desenvolto e atrevido, e foi nessa altura que o trabalho da dupla Mauro-Ricardo Alves (grande exibição deste médio, o que nos leva a questionar: Quais as razões que o "mantêm" a jogar no escalão secundário da Associação de Futebol de Beja?..) começou a dar os seus frutos. Perante o arrojo Ervidelense, o FC Serpa foi no segundo tempo uma equipa demasiadamente apática, sem chama ou capacidade de explosão, notando-se em excesso a ausência em campo de uma "voz de comando", alguém que pensasse o jogo ofensivo com outra sagacidade e destreza.

Nuno Pires foi o único que conseguiu assustar a defensiva Ervidelense (47), mas depois só deu mesmo Alvorada. Barroso (51 e 72) e Mauro (69) dispuseram de excelentes condições para alvejar com sucesso a baliza de Artur, só que os "deuses da sorte" não estavam para aí virados. E a juntar a estas oportunidades perdidas, os de Ervidel bem podem queixar­-se de uma clara mão na bola de Cláudio no interior da grande área serpense não assinalada por João Constantino (71).
Apesar de ter estado ao melhor nível durante quase todo o encontro, a exibição de João Constantino fica seriamente manchada pela grande penalidade não assinalada no interior da área do FC Serpa. Bem na expulsão de Nuno Pires.

Alvorada protesta contra
dois pénaltis por marcar


No final da partida, a opinião dos técnicos de ambas as formações divergia. Para Fernando Monteiro, o FC Serpa venceu de forma "justa", uma vez que foi "a equipa que mais oportunidades criou". "Soubemos marcar e gerir essa vantagem. Naturalmente que gostaríamos de ter garantido a vitória de uma maneira diferente, mas na Taça não há equipas de primeira e de segunda", acrescentou o treinador serpense, enaltecendo a "atitude" e o "empenho" dos jogadores do Alvorada. Agora, o objectivo do FC Serpa é "procurar chegar à final" da prova.
Por seu lado, o treinador do Alvorada garantia que aos seus jogadores só "faltaram mesmo os golos", pois foram sempre superiores em campo durante os 90 minutos de jogo. "Fomos melhores e esta é das tais derrotas que sabem a vitórias, porque realmente fomos superiores a uma equipa do primeiro escalão, o FC Serpa", referiu Zacarias Baião, lamentando ainda o facto de o árbitro João Constantino não ter assinalado "dois pénaltis claríssimos" em favor da sua formação. 

Texto Carlos Pinto»

4 comentários:

  1. Quando leio e vejo estas fotos dá-me um aperto no coração e não consigo suster as lágrimas... é da nostalgia.
    Um grande abraço para o Barroso e para o Cláudio, onde quer que vocês estejam, pois de certo estão e continuarão a torcer pelo grande, digo, grande ALVORADA FUTEBOL CLUBE!

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  2. Esses tempos ainda irão voltar ao nosso ALVORADA.Acredito seriamente que tal aconteça e penso que tal já esteja a acontecer. O forte do Alvorada é a sua capacidade de união. Penso que o Ricardo que escreveu o comentario anterior tenha sido o Alves :)
    Um abraço miúdo.
    Venham apoiar o Alvorada...

    Cumprimentos a todos.
    Chaveiro

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  3. na fot em baixo estão 7 adeptos do alvorada a ssistir ao jogo, entre os muitos que lá estavam. eram muitas as pessoas de ervidel que assitiam aos jogos do Alvorada, agora nem tantos, porquê?
    Cabe à direcção do AFC fazer com que as pessoas voltem a apoiar a nossa equipa, entradas livres para sócio com quota em dia.

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  4. O querer, a vontade, a uniao, a humildade e a força que esta equipa demosntra vao fazer com que desta vez mudare-mos a historia desta eliminatoria a nosso favor. AFC
    ;)

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